Aqui na Austrália nós aprendemos rapidinho a guardar cada centavo ganho com nosso suor (na maior parte das vezes, literalmente) para explorar esse país maravilhoso. Pode acreditar, os conceitos mudam. Roupa de marca? Jamais, minha poupança é para viajar!
Um dos destinos pouco explorados pelos brasileiros é, na verdade, um lugar incrível chamado Tasmânia. No extremo sul do país, o estado conta com visuais selvagens, parques extremamente estruturados e cidadezinhas que parecem cenário de cinema.
Com temperaturas baixas para o padrão australiano (Média de 20°C no verão e 0 no inverno), os passeios típicos da região são longas caminhadas, escaladas e feiras de rua nas principais cidades.
Confira a seleção de lugares que você não pode deixar de visitar:
Hobart: a maior cidade do estado tem um ar europeu, é organizada, limpa e cheia de atividades bacanas para fazer. Vale a pena visitar o Mona – museu de arte moderna, a fábrica de chocolate da Cadbury (com lojinha para comprar todas as gostosuras por preços baixos) e a feira de Salamanca, que ocorre todos os sábados no centro da cidade. Quando tiver as datas da sua viagem, confira se o tradicional festival de músicas Mofo estará acontecendo no local.
Port Arthur: a prisão desativada foi um dos primeiros destinos dos ingleses ao chegarem nestas terras, que a faziam de prisão para os desordeiros da terra da rainha. A arquitetura é maravilhosa e o passeio recheado de história e cultura. Durante a noite, há também o Ghost Tour (Passeio Fantasma, em tradução livre), em que o guia leva os visitantes para conhecer a prisão enquanto conta histórias – verdadeiras ou não, segundo ele – sobrenaturais que ocorreram no local. (http://portarthur.org.au/ – somente em inglês)
Cape Raoul: para chegar ao topo desta montanha com um visual único para o mar, você levará cerca de cinco horas para subir e descer. A trilha, apesar de longa, não é de grande dificuldade, é bem sinalizada e te coloca em extremo contato com a natureza.
Wineglass Bay: o local tem este nome pois visto de cima da montanha, o mar encontrando a areia faz a forma de um cálice de vinho (wineglass, em inglês) lindo de se ver. O caminho até lá é de pedras e leva cerca de três horas e meia, ida e volta, com picos de escalada (é uma escalada nível leve, não precisa de equipamento e pode ser feita por qualquer pessoa saudável). Do alto, você pode ver um mar azul cristalino e, com sorte, baleias e golfinhos visitando a região.
Dove Lake: a caminhada ao redor do lago é agradável e tranquilizante. Leva cerca de uma hora e meia e traz a possibilidade de ver ornitorrincos, animais típicos da região. Você pode também fazer uma trilha para ver o lago de cima, porém, se o tempo estiver nublado, não conseguirá ver nada.
Franklin-Gordon Wild Rivers: o parque contém cachoeiras com quedas belíssimas e uma ponte estrategicamente situada em frente à maior das quedas. O passeio leva cerca de duas horas e meia.
Marakoopa Cave: essa caverna tem um tour guiado muito interessante e ao anoitecer, é possível ver as famosas glow warms, umas minhocas que brilham no escuro e dão sensação de céu estrelado à caverna.
Dicas de viagem:
- Fazer o passeio de motorhome é uma opção muito bacana. Há diversos estacionamentos públicos em que se pode passar a noite e o transporte facilita diversos passeios, geralmente com acesso somente para automóveis. Se alugar um, verifique se há cobertas e aquecedores, se houver chuveiro, se a água esquenta e se a cozinha é do lado de dentro da van, já que pode fazer bastante frio. Fique atento à estrada, especialmente à noite, pois tem muitos animais no caminho. O que também é uma oportunidade para ver o diabo-da-tasmania, cangurus, wombats, eastern quolls e possums.
- Vale a pena baixar o aplicativo 60 Great Short Walks, que indica todas as atrações e parques da Tasmânia, com informações precisas. Porém, anote o roteiro em papel, porque é comum que o celular fique fora da área de cobertura.
- É muito importante ter um sapato apropriado para as caminhadas e roupas impermeáveis já que pode nevar ou chover. Na mala só devem entrar roupas extremamente confortáveis. Se for inverno, leve casacos quentes, luvas, toucas e calças para usar por baixo da roupa.
- Os parques podem ou não ter um centro de informações com uma lanchonete dentro, mas não conte com isso. Prepare os seus próprios lanchinhos e divirta-se sem se preocupar com a fome.
Boa viagem!
Adorei a matéria, mas faltou o lugar que eu achei mais incrível, a Craddle Moutain com subidas de mais de 1000m, vistas incríveis e cheio de wombats e wallabys.
Obrigada pela dica Victor! =)