Intercambistas querem muito mais do que estudar, querem desbravar novos lugares, conhecer gente nova e ter experiências jamais imaginadas. O conjunto completo faz parte da vivência do intercambio. E nada como ir para a Austrália, terra do surf, e ter a oportunidade de experimentar as ondas tão famosas. Gold Coast é um dos destinos preferidos quando o assunto é este. Suas praias se tornaram famosas especialmente por receber a primeira etapa do Circuito Mundial de Surf todos os anos.
Todas as praias de Gold Coast tem condições para surf. A temperatura da água varia entre 15 e 25°C, com fundo de areia e praias para todos os níveis de surf. Bruno Nunes surfa desde os 13 anos de idade e um dos motivos pelo qual ele optou pelo intercâmbio na Austrália foi a oportunidade de morar perto da praia e surfar todos os dias, ao mesmo tempo em que estudava. “Os melhores picos para mim são Stradbroke Island South (beach break) e Snnaper Rocks (point break) – praia que por sinal recebe o Circuito Mundial de Surf. As ondas são continuas e perfeitas”, diz. Para os intercambistas que estão aprendendo a surfar agora ou surfam com longboard, Bruno recomenda a praia de Currumbin.
Vale a pena levar a prancha do Brasil para a Austrália?
Esta é uma pergunta muito recorrente dos estudantes . “Tudo depende. Se a prancha que você tem no Brasil é excelente e você está vindo para a Austrália com a grana curta, vale a pena trazer. As pranchas aqui não são muito baratas. Agora, se a prancha que você tem não esta tão boa assim, de repente valha a pena deixar para comprar uma usada por aqui. Por outro lado, se você não está apertado (a) de grana, vale a pena vir pra cá, experimentar as ondas com pranchas emprestadas ou alugadas e comprar uma aqui que atenda as suas necessidades para o mar e tipo de onda daqui”, explica Bruno.
Para Gabriela do Prado, estudante do interior de São Paulo que hoje mora em Gold Coast, a principal diferença em relação as ondas é que no Brasil elas são mais gordas e com menos pressão. “Aqui elas são mais rápidas e em pé, então o drop precisa ser mais rápido”, afirma. “Além disso, em grande parte das praias, as ondas são para a direita e no Brasil as esquerdas são mais comuns”, completa. Para saber as condições do mar, os surfistas locais utilizam os aplicativos Surf check ou as páginas da Costalwatch e Swellnet na internet para saber quais serão as condições do mar.
A popularidade do surf em Gold Coast é enorme e o estilo de vida dos australianos que lá vivem, em geral, é muito saudável, voltado para os esportes e vida ao ar livre. Por conta disso, a concorrência dentro do mar para pegar uma onda pode ser grande dependendo da praia e da ondulação do mar.
Nadando com os tubarões
A Austrália faz jus a sua fama de ser o país com os animais mais perigosos do mundo e no mar não é diferente. É muito comum que tenham tubarões nadando pelas costas e as autoridades estão sempre em alerta em relação a isso. O estado de Queensland, porém, tem uma rede de proteção no mar em toda a costa, minimizando os ataques, já que os tubarões geralmente não passam pela rede (Saiba mais sobre o programa de controle de tubarões de Queensland aqui, em inglês). Contudo, é fundamental estar sempre alerta às notícias de ataques e evitar as praias com mais recorrências. Além disso, no verão e comum que o mar fique infestado de águas-vivas. “Para os surfistas não tem muito o que fazer. E só ficar atento dentro da água para não relar em nenhuma delas, já que o veneno delas coça e queima”, diz Bruno.
Para aproveitar ao máximo, é importante também não esquecer o filtro solar, já que Gold Coast é uma cidade quente e a Austrália fica embaixo do furo na camada de ozônio. “Eu indico o zinc para quem quer surfar e vai passar mais de duas horas na água. Por sua textura espessa, quase como uma pomada, ele não sai na água e garante o surf do dia seguinte sem queimaduras”, afirma Bruno.
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