Se você está planejando uma mudança para a Austrália e não quer deixar seu pet para trás, a gente te entende. Levar um animal de estimação para o outro lado do mundo é um processo complexo, cheio de etapas, documentações, exames e regras bem específicas. Mas com informação, planejamento e um bom suporte, é totalmente possível fazer isso com segurança e tranquilidade.
Neste guia, reunimos tudo que aprendemos com os relatos reais de quem passou por esse processo com a gente, além das exigências oficiais do governo australiano. Vamos te mostrar como funciona, quanto custa e o que você precisa considerar antes de tomar essa decisão.
É possível levar seu pet para a Austrália?
Sim, é possível. Mas a Austrália tem uma das legislações mais rigorosas do mundo quando o assunto é biossegurança. Isso significa que os animais precisam cumprir uma série de exigências para entrar no país, especialmente quando vêm de regiões consideradas de risco para doenças como a raiva. E o Brasil está nessa lista.
Por isso, uma das regras principais é que o pet não pode ter vivido no Brasil (ou em outro país não aprovado) nos 180 dias anteriores ao embarque. Isso significa que, na prática, você precisará enviar o seu pet antes para um país aprovado, como Argentina, Chile, EUA ou Espanha, e só depois fazer a importação para a Austrália.
Quais são as exigências para levar animais para a Austrália?
O processo exige muito cuidado e atenção aos prazos. Algumas das etapas obrigatórias incluem:
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Inserção de microchip
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Vacina contra raiva (e em alguns casos, outras vacinas também)
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Exame de sorologia (realizado em laboratório aprovado pelo governo australiano)
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Tratamentos antiparasitários
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Aprovação de Import Permit (autorização de importação)
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Agendamento da quarentena obrigatória em Melbourne (atualmente é o único centro do país)
Esses passos devem seguir um cronograma específico e com intervalos obrigatórios entre cada etapa. É essencial ter acompanhamento veterinário e buscar empresas especializadas no transporte internacional de animais.
Documentação para levar pet para a Austrália
Entre os documentos obrigatórios, você vai precisar de:
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Certificados de vacinação atualizados
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Laudos laboratoriais de sorologia
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Comprovante de microchip
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Formulário de importação aprovado pelo DAFF (Department of Agriculture, Fisheries and Forestry)
Qualquer erro ou atraso em uma dessas etapas pode fazer você ter que reiniciar o processo. Por isso, é fundamental que tudo seja feito conforme as normas.
Quanto custa levar um pet para a Austrália?
Esse é um ponto que precisa ser avaliado com muito cuidado. O processo não é barato e pode representar um investimento significativo, principalmente considerando os novos requisitos vigentes desde 2023. Os valores variam muito dependendo da empresa, do país intermediário, do tempo de quarentena e do tamanho do animal.
Nos relatos a seguir, você vai encontrar estimativas reais feitas por intercambistas que levaram seus pets com a gente. Vale lembrar que os custos informados são de anos anteriores, podendo haver variações relevantes atualmente.
Relatos reais: como foi a experiência de quem trouxe seu pet com a gente
A gata Nala, do Paulo e da Carolina, passou dois meses na Argentina e dez dias em quarentena na Austrália. O processo levou cerca de um ano e exigiu bastante organização e paciência. Eles compartilharam detalhes valiosos sobre as datas, a escolha da empresa de transporte e as etapas burocráticas. Também relataram um ponto importante: a dificuldade em encontrar moradia pet-friendly em Sydney, o que pode impactar o planejamento final.
👉 Leia o relato completo aqui
O Balthazar, vira-lata da Sara e do Pedro, foi levado à Austrália após um planejamento detalhado e muita pesquisa sobre o processo. Durante a quarentena na Argentina, ele ficou em um espaço adequado e recebeu acompanhamento constante. No relato, eles compartilham informações práticas sobre as vacinas, o papel da veterinária, a escolha das empresas envolvidas no transporte e os cuidados na adaptação ao novo país.
👉 Confira o relato completo aqui
Rodrigo, outro intercambista que também levou seu pet para a Austrália, iniciou todo o planejamento depois de encontrar um conteúdo nosso aqui no blog. A informação certa foi o ponto de partida para uma jornada que ele concluiu com sucesso: hoje ele já está na Austrália com seu animal de estimação. Acompanhamos esse processo de perto e seguimos atualizando nossos conteúdos para apoiar outras pessoas que estão passando por essa mesma decisão.
👉 Veja todo o processo e o reencontro emocionante deles
Dicas para quem vai começar o planejamento
Organizar a vinda do seu pet para a Austrália exige tempo, cuidado e decisões bem pensadas. Para facilitar esse início, aqui vai um resumo do que é fundamental considerar desde o primeiro momento:
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Inicie o planejamento com no mínimo 12 meses de antecedência
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Verifique se o seu pet está com as vacinas em dia e em boas condições de saúde
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Procure um veterinário que já tenha experiência com exportação de animais para a Austrália
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Consulte empresas de transporte internacional registradas no IPATA
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Escolha com atenção o país intermediário (como Argentina ou Chile), considerando tempo de estadia e custo
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Adapte o animal à caixa de transporte com bastante antecedência — principalmente em casos de cães de médio e grande porte
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Tenha em mente que você ficará longe do seu pet por algumas semanas ou meses
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Ao chegar, contrate um seguro saúde para seu pet e busque por bairros pet-friendly na hora de escolher onde morar
Vale a pena levar seu pet para a Austrália?
Essa é uma pergunta relativa — e muito pessoal. Para muita gente, o pet é parte da família, e deixá-lo para trás simplesmente não é uma opção. Mas é importante colocar alguns pontos no papel antes de tomar a decisão:
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Qual é a duração prevista da sua estadia na Austrália?
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Seu pet tem condições físicas e emocionais para uma viagem internacional longa, com períodos de separação e quarentena?
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Você está preparado financeiramente para bancar os custos do processo (que são altos)?
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Sua nova rotina e moradia comportam a presença de um animal de estimação?
Essas perguntas ajudam a refletir com mais clareza sobre o que é melhor para o tutor e para o pet.
A gente já viu de perto que reencontrar o pet depois de meses de separação pode ser um dos momentos mais marcantes da jornada. Mesmo com as exigências e os desafios logísticos, o vínculo entre tutor e animal costuma ser o que mais pesa na balança — e com planejamento, é possível fazer tudo dar certo.
Se você está pensando em viver essa experiência, fale com a gente. Podemos te indicar parceiros de confiança para te auxiliar nesse processo.